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Festival Penalva

A sexta edição do evento, realizada de 26 de junho a 2 de julho, lembrou o compositor e regente José Penalva com programação musical em vários estilos.

No ano de 2016, o Pe. José Penalva (1924-2002), um dos mais importantes compositores brasileiros da segunda metade do século XX, completaria 92 anos. Além de compositor, foi regente, sacerdote, professor, teólogo, musicólogo e escritor. Como forma de homenagear sua obra e sua memória, foi criado o festival que leva seu nome.

 

O VI Festival Penalva & V Mostra de Música Paranaense ocorreu entre os dias 26 de junho a 2 de julho de 2016 em vários espaços de Curitiba. Ao mesmo tempo que celebram a obra de Penalva, o evento trouxe ao conhecimento do público e de pesquisadores a obra de compositores paranaenses ou que atuaram no Estado, envolvendo um século e meio de música.

 

A programação foi composta por shows, concertos, mesas-redondas, missa cantada e uma exposição do acervo do artista, que nos deixou expressivo legado de composições que vão da música de câmara e peças solísticas até obras orquestrais e corais.

 

Entre os destaques da programação que ocorreu em 2016, estão o show Próximo, do Grupo Fato, um dos mais importantes conjuntos de música popular do país, que faz uma releitura do fandango, e o lançamento do livro Contrapontos: a teopoética de José Penalva, organizado por Márcio Luiz Fernandes. Participaram vários coros, orquestras e grupos de câmara, como a Camerata Antiqua de Curitiba (coro e orquestra), o Madrigal Vocale, o Collegium Cantorum, a Orquestra Filarmônica Estudantil, além de solistas, pesquisadores e convidados. Participaram mais de 150 músicos, interpretando obras de cerca de 30 compositores paranaenses, com a estreia mundial de várias composições.

 

Receberam o Prêmio Penalva 2016 a soprano coloratura Neyde Thomas (in memoriam) e o tenor Rio Novello, que se destacaram no cenário musical nacional e internacional. Dedicaram sua vida ao fazer música da mais alta qualidade e ao seu ensino, deixando um legado imensurável.

 

Ainda em 2016, buscou-se derrubar barreiras, muitas vezes artificiais, entre o erudito e o popular. O Grupo Fato, um dos conjuntos de música popular mais expressivos do país, nos traz um popular que beira o erudito, portanto, um clássico no seu gênero; e Penalva, com seus Madrigais Brasileiros, nos presenteia com uma música popular que trata com conceitos e técnicas históricas. Assim, vemos um Penalva que se apropria do popular, tratando-o de maneira erudita, e um grupo conhecido como popular, fazendo música complexa. Ambos mostram uma fecunda poética criativa e resultam no que Henrique de Curitiba chamava de "nosso caldo cultural".

 

Como afirmou Tolstoi, “se queres ser universal, começa por pintar a tua aldeia”. Os Festivais Penalva & Mostras de Música Paranaense permitem, a cada nova edição, descobrir mais um pouco da nossa cultura. Homenageiam músicos que nos precederam e que desbravaram os caminhos que trilhamos, e abrem espaço para os compositores da atualidade e para os novíssimos, que revelam desde seus anos de estudantes ideias maduras e domínio do seu métier.

 

O VI Festival Penalva & V Mostra de Música Paranaense teve a direção artística da Professora Doutora Elisabeth Seraphim Prosser, e a realização da Escola de Música e Belas Artes do Paraná (EMBAP/UNESPAR) e do Studium Theologicum/Centro Universitário Claretiano (CEUCLAR), as duas instituições em que Penalva atuou por toda a sua vida.